ARUANA

Por ARUANA

Um vídeo que tem circulado em redes sociais como o Whatsapp e foi postado na página da Secretaria de Comunicação do Governo Federal (Secom) no Facebook no último dia 3, diz que o Brasil retornou à lista dos 25 melhores países para se investir, lista essa produzida pela empresa de consultoria empresarial estadunidense A. T. Kearney. A publicação afirma, ainda, que foi feita a indicação do país pelos Estados Unidos para entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que, atualmente, somos o 4º destino em investimentos no G-20. O material traz também informações quanto ao desempenho no combate ao Coronavírus e à preservação de empregos.

#NaMosca

A lista foi divulgada no dia 16 de junho no site da A. T. Kearney e traz o Brasil na 22ª posição no ranking de Investimento de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED). O país retorna ao índice depois de ter ficado fora no ano passado. O relatório considera que a aprovação da reforma da previdência e os planos de privatização foram pontos considerados positivos pelos empresários consultados pela empresa, que pensam que devem estimular a economia. Porém, há um fator considerado pelo relatório, que diz que a pesquisa foi feita entre os dias 27 de janeiro e 3 de março deste ano e que, por isso, os impactos da pandemia do Coronavírus foram parcialmente considerados, o que pode alterar a percepção futuramente.

Em março do ano passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro apoiar o Brasil no ingresso à OCDE. Tal apoio foi posto em dúvida em outubro de 2019, quando se tornou pública uma carta do Secretário-Geral dos Estados Unidos Mike Pompeo, destinada ao Secretário-Geral da organização, em que haviam sugestões de apoio à entrada da Argentina e da Romênia. Logo, o suporte à candidatura brasileira não havia sido oficializado. Porém, em 15 de janeiro deste ano, a indicação do Brasil foi oficializada em lugar do país vizinho.

Outro ponto da postagem diz que o Brasil é o 4º colocado dentre os países do G-20 em recepção de investimentos. Tal assertiva foi publicada pelo portal UOL no dia 28 de outubro de 2019, e também pela página Valor Econômico, na mesma data. No dia 8 de novembro, o portal Eu Quero Investir! [6] explicou os motivos de o estado brasileiro assumir essa posição, dentre eles a indefinição do Reino Unido quanto ao Brexit e a guerra comercial entre EUA e China, que reduziu a circulação de capital em todo o planeta.

Na parte final do vídeo, há informações acerca do combate ao Coronavírus, como o Brasil ser “o 2º país em número de curados da doença, o índice de sobrevivência estar sempre em torno de 95% e possuir uma das menores taxas de óbito por milhão de habitantes entre as grandes nações”. De acordo com o mapa da universidade estadunidense Johns Hopkins, no dia 7 de julho, o país ocupava a 2º posição em número de infectados, com 66.741, atrás apenas dos EUA, enquanto que era o primeiro em número de curados, com 1.099.281 em números absolutos. De acordo com a página especial para o Covid-19 do Ministério da Saúde, o índice de letalidade pela doença é de 4%, porcentagem que também é demonstrada no site da universidade, onde o Brasil ocupa a 9ª posição na taxa de mortalidade.

Finalmente, a publicação afirma que “9 milhões de trabalhadores beneficiados; auxílio emergencial para mais de 65 milhões de brasileiros; bilhões em créditos e socorro para empresas, especialmente as menores”. No material não há direcionamento quanto ao tipo de benefício fornecido aos 9 milhões de trabalhadores. O portal G1 noticiou no último dia 4 que a Caixa afirmou ter pago o auxílio emergencial de R$ 600 a quase 65 milhões de brasileiros. No dia 16 de junho, o portal do Governo Federal informou que a Caixa Econômica Federal começaria a operar uma linha de crédito emergencial para micro e pequenos empresários, sendo disponibilizados 3 bilhões.

Portanto, o vídeo publicado pela Secom trouxe fatos reais e contundentes sobre a melhora da perspectiva em como o país é visto por investidores no exterior e a melhora na posição dos estados que recebem esses investimentos, o apoio dos Estados Unidos para ingresso na OCDE, a porcentagem de brasileiros curados do Coronavírus e a distribuição de auxílios e créditos de emergência pelo Governo Federal.