Publicado em: 29/05/2020 00:29:41
Educadores alegam que tal situação destoa de suas reais obrigações
Por EDUARDA MENDONÇA
checado em 27/05/2020
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) e o Sindicato dos Professores e Professoras do Estado de Rondônia (Sinprof) publicaram denúncias, ambas no dia 11 de maio, em que relatavam a situação dos profissionais da educação da rede pública de Rondônia.
As denúncias afirmam que professores estariam sendo obrigados a entregar materiais impressos diretamente aos pais ou responsáveis dos alunos. Em alguns casos, também deveriam levar os materiais até a casa dos estudantes da zona rural e por conta disso alguns educadores estariam apresentando sintomas do novo coronavírus. O texto cita como exemplo, o caso confirmado de um professor no município de Cacoal que contraiu o vírus.
No dia seguinte, 12 de maio, o Sintero voltou a publicar uma denúncia a respeito da mesma situação, dessa vez no município de Porto Velho. De acordo com a denúncia, feita pelos próprios profissionais da educação, o material está sendo entregue na escola para os pais dos alunos que não possuem acesso a nenhuma plataforma on-line.
#NaMosca
Após a crise da pandemia do novo coronavírus as instituições educacionais tiveram que se adaptar para tentar conter os efeitos deste período na educação dos rondonienses. Desse modo, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) publicou a Portaria n° 1.970 de 20 de abril, a fim de orientar os profissionais da educação a respeito do ano letivo.
O Art. 4° diz que as atividades do ensino Fundamental do 1° ao 5° serão planejadas das seguintes formas: “orientação de atividades dirigidas utilizando o livro didático; disponibilização de atividades impressas;sugestão de plataformas com atividades compatíveis com o ano escolar e o desenvolvimento dos estudantes, como uma ação complementar e não obrigatória; definição e divulgação de cronograma para entrega dos itens dos incisos I e ou II aos pais e responsáveis e das datas de devolução das atividades realizadas pelos estudantes pelos pais ou responsáveis.”
Conforme o decreto, no Fundamental do 1° ao 5°, as escolas farão a disponibilização dos materiais didáticos impressos. Não há menção de que essa atribuição possa ser delegada aos professores.
Aruana entrou em contato, no dia 28 de maio, com o presidente do Sinprof, professor Joelson Chaves, que confirmou e disponibilizou a denúncia formalizada pelo ofício n° 116/2020 – SINTERO/SG do dia 11 de maio. O ofício foi assinado em conjunto pelo Sinprof e Sintero e encaminhado para a Secretaria de Estado da Educação. Até o momento da publicação dessa matéria, os sindicatos não obtiveram nenhum retorno da Seduc.
Salientamos que as identidades dos denunciantes foram totalmente preservadas pelo Sinprof.
Fonte: ARUANA